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terça-feira, 26 de março de 2013

Review: Crysis 3 - PeesPlay News Desk PC



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A Nanosuit não é apenas a marca registrada de “Crysis”. O traje biomecânico, capaz de refletir balas em um momento, se esgueirar sob camuflagem ótica em outro e desenvolver músculos sintéticos capazes de nocautear um elefante no tempo livre,  é praticamente um reforço da filosofia que fez da série um dos maiores sucessos do gênero sandbox. Se a Nanosuit existisse de verdade, apostaríamos que logo abaixo das instruções de “lavagem à seco” estariam as palavras-chave da série: “entenda e adapte-se”. E entender e adaptar é o que a série, tanto quanto seus herois, precisou fazer nos dois últimos episódios: em “Crysis”, foi necessário criar um sistema que juntasse design aberto às emoções mais diretas de um FPS; em “Crysis 2”, criar um jogo que atendesse a plataformas menos poderosas sem perder o charme original.

“Crysis 3” chega com espírito de “finalmente”, e depois do passeio darwinista dos dois últimos jogos e de uma nova Nanosuit recheada de funções que fariam o dono do terno de um milhão de dólares considerar um retorno ao alfaiate, a sensação da sequência é de comodismo.

Campo morto

Para início de conversa, “Crysis 3” é fácil. É pura matemática: os inimigos tem a disposição rifles, metralhadoras, lança-chamas e dispositivos que desligam a energia da sua roupa. Você tem quase tudo isso, além de um arco que dispara quatro tipos distintos de flechas (explosiva, elétrica, de efeito moral e padrão), mata em um disparo e te mantém invisível, a capacidade de hackear metralhadoras automáticas e robôs gigantes a seu favor e uma nova corrida que ignora gasto de energia. As adições que os estúdios da Crytek integraram ao jogo criam uma dinâmica desbalanceada entre caça e caçador que trai a química poder x responsabilidade da série, e que não necessariamente desaparece em dificuldades mais avançadas.


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O segundo problema é mais complicado: “Crysis 3” volta a apostar em cenários amplos como os do primeiro “Crysis”, mas em uma inteligência artificial  inspirada no segundo. As patrulhas que funcionavam tão bem nas ruas mais fechadas da Nova York de “Crysis 2” parecem perdidas neste jogo. Ser descoberto nunca é razão de desespero: as rondas parecem fechadas em uma área, e a distribuição gratuita de silenciadores e o furtivo arco significam que serão poucas as vezes que os inimigos tentarão buscar a área onde o disparo foi realizado. Não culpe a IA: ela continua agressiva, buscando ângulos de ataque variados e etc. Mas é simplesmente metro quadrado demais para que isso funcione.

Não que não haja bons momentos na bem variada campanha: em certa porção do jogo, Prophet precisa passar por uma estação de trem coberta por grama alta, sem contar com a ajuda do mapa e de outros mostradores, e precisa vencer ou evitar novos e ágeis aliens que adoram se esconder na vegetação. Outra te coloca em uma pantanosa versão de Chinatown, desviando de holofotes e aprendendo a confrontar novos tipos de inimigos (a variedade aqui é muito boa!). O arco, por mais overpower que seja, é uma deliciosa adição ao jogo: é tão divertido de usar quanto o de “Far Cry 3” e inclui até mesmo algumas novas opções táticas. A ponta explosiva é ideal para eliminar patrulhas de busca; a elétrica funciona como dano de área se jogada dentro da água. É uma pena que pouco do jogo te force a 
usar todas essas funções.

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Sobre homens e monstros

A história do jogo, por sua vez, também falha em providenciar uma razão para o pega-pega. O começo do terceiro capítulo não se conecta de maneira apropriada com o segundo, apostando em um grande intervalo de tempo para justificar uma Nova York dominada por relva e novos inimigos. Prophet é resgatado pelo seu ex-comandado Psycho (de “Crysis”), que agora organiza um pequeno pelotão de insurgentes, boa parte dos quais retirado a força - e depois de cirurgias lascinantes - de suas próprias Nanosuits (um excelente ponto narrativo que nunca chega a dar em nada). A vilã da vez é a CELL, uma empresa com requintes de Goldfinger, que decide usar a energia remanescente de um super alienígena enterrado na cidade para.... ahn, não precisar pagar as contas de luz? Vai saber! No momento em que Prophet encara uma gigantesca hidroelétrica improvisada no coração da Times Square confuso sobre o que raios ela está fazendo lá, é difícil não se simpatizar com o pobre super-soldado.

A história segue a passos inconstantes, servindo apenas de âncora para os diversos elementos de jogo e cenários variados. Mas, apesar da trama, o jogo consegue segurar o interesse pelo decorrer das seis horas de jogo com um novo sistema de evolução da roupa. Como em “Crysis”, jogadores podem desviar do caminho pré-estabelecido para completar missões laterais, que geralmente dão vantagens táticas mais para frente e pontos que podem  ser gastos para liberar habilidades especiais.


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Ao invés de serem vantagens fixas como em “Crysis 2”, aqui elas podem evoluir ao cumprir objetivos específicos. A habilidade de melhorar tempo de duração e gasto de energia do Cloak Mode, por exemplo, dá um bônus extra depois que você passa desapercebido por um total de 100 soldados. Outra, que diminui coice da arma, melhora quando você mata outra centena deles com tiros de metralhadora. O resultado é um sistema que encoraja jogadores a “vestirem a camisa” de seu estilo de jogo: quanto mais furtivo você for, melhores ficam suas habilidades ligadas a isso. Quanto mais agressivo, maiores as recompensas relacionadas à armadura e ataque.

É instigante, mas não o bastante para garantir um retorno à curta campanha do game. O fator replay de “Crysis 3” fica mesmo a cargo do modo multiplayer.

Já falei um bocado do novo modo Hunter, mas vale reforçar como a Crytek sabe trabalhar bem com modos assimétricos: além de algumas partidas dessiguais, o balanço entre os dois lados e o sempre presente cronômetro garante batalhas acirradas e bem delimitadas.

O resto dos modos dependem de um excelente sistema de upgrade que dosa recompensas sem pressionar o balanço do jogo, uma ou outra boa ideia - robôs gigantes! Acertar pessoas com postes! - e um bocado de variedade. Seus oito modos de jogo incluem até algo chamado “Cell versus Rebels”, em que não há poderes de Nanosuit - embora eu me pergunte porquê alguém jogaria esse. Uma cadeia de desafios via o sistema New York Feed garante bônus de experiência, mas é o único ponto positivo em uma suite social bem básica.


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Finalmente falta falar do que não podia faltar: gráficos. “Crysis 3” continua tão bonito quanto seus antecessores, e, vale ressaltar, mais impactante que “Crysis 2”. A Nova York sitiada se transforma em um interessante ambiente, que junta floresta tropical, a selva urbana, pradarias e até cavernas em um ambiente que exige basicamente o mesmo poder de processamento do seu antecessor. Testamos a cópia de PC e jogamos o multiplayer em uma versão de PS3, e a diferença é bem notável de uma para o outra, com efeitos omissos e texturas menos definidas nas versões para consoles de mesa. A boa notícia para donos de computadores é que o jogo tem uma série de opções gráficas infinitamente mais profundas que a de “Crysis 2”, permitindo escalar o jogo para uma variedade de configurações maior.

Que você pode ajustar a tensão dos cabos do seu arco - e que o jogo faça um baita caso por isso - é sinal de um game que já está considerando um ponto final, e que encontrou em pequenas e - algumas vezes - infrutíferas atualizações uma razão para ser que, infelzimente, mina o resultado final. Mas ouvir o cabo rangendo na estrutura enquanto você se posiciona para derrubar o próximo soldado ou molusco super-desenvolvido é um satisfatório detalhe em um jogo relativamente consistente e muito divertido. E se a campanha bem distribuída, mas curta e fácil, não te entreter, o multiplayer se consolida como uma das melhores opções do gênero. Se você precisa de um shooter para passar esse início de ano, "Crysis 3" não é de maneira alguma uma má pedida! E já mencionamos que você pode bater em alguém com postes?


E lembrando o jogo foi feito para PC pois seu gráfico é muito avançado para rodar em Console e logico para rodar um jogo desse você precisa ter um mega PC Gamer ( Veja nossa matéria sobre PC GAMER ) com excelente placa de vídeo, nós da PeesPlay recomendamos EVGA GTX TITAN  com sua qualidade monstruosa em gráfico.

Plataformas: PC (testado)/PS3 (testado)/Xbox 360
Produção: Electronic Arts
Desenvolvimento: Maxis

Consideração final pontos: 


Gráficos: 10
Sons: 8,5
Replay: 7
Jogabilidade: 7
Diversão: 9

NOTA FINAL: 8


Fonte: POP

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