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sexta-feira, 14 de março de 2014

Review Titanfall

Titanfall é o shooter em primeira pessoa surgido da união de forças entre a Respawn Entertainment e a Eletronic Arts. Idealizado pelas mentes por detrás de Call of Duty: Modern Warfare, o game chega como o primeiro grande título pós-lançamento do Xbox One, além de também receber versões para Xbox 360 e PC. Será que o novo FPS conseguirá reinventar o gênero? Confira a nossa análise:

Review: Titanfall (Foto: Divulgação)Review: Titanfall (Foto: Divulgação)
 
Revolução enlatada

Titanfall começa a sua própria revolução logo de cara, com a ausência de um modo campanha propriamente dito. Ao invés disso, todos os holofotes são voltados para o modo multiplayer, onde a ação de verdade está esperando para ser descoberta.

Logo após iniciar o game pela primeira vez, o usuário será introduzido a um  detalhado tutorial, que ensina sobre cada uma das novidades do game, desde os básicos saltos duplos e corridas na parede, até como controlar os titãs e usar suas habilidades. Para os novatos, não poderia haver uma forma melhor para se adaptar aos comandos, entretanto, para aqueles que participaram da fase beta do game, será necessário passar por todas as tarefas novamente.

Depois disso, é necessário escolher um dos modos de jogo para iniciar. Para não descartar totalmente um enredo, um modo chamado campanha multiplayer apresenta algumas pequenas cutscenes, mas troca qualquer trama complexa por partidas multiplayer, onde independente do resultado, é possível avançar.

Escapar no final de cada fase é rotina da equipe derrotada (Foto: Divulgação)Escapar no final de cada fase é rotina da equipe derrotada (Foto: Divulgação)
 
Vida multiplayer

No total, é possível jogar 18 fases (nove com cada raça), que se passam em mapas comuns do game. A ausência de uma história mais profunda não chega a atrapalhar, especialmente em um jogo totalmente focado no modo online. A experiência até chega a servir como uma boa preparação para os desafios maiores, encontrados nos modos tradicionais.

Como opção principal, aparece o modo clássico, onde todas as verdadeiras modalidades podem ser encontradas. Attrition (mata-mata), Last Titan Standing (uma variação de Last Man Standing, onde todos começam com titãs), Hardpoint (parecido com o Conquest de Battlefield), Capture the Flag, e Pilot Hunter, onde derrubar titãs não soma pontos.

Após a seleção, os jogadores são levados a um Lobby, onde os times e opções de customização são exibidas. Apesar dos problemas no dia do lançamento, o matchmaking funciona de forma bastante ágil, especialmente no modo Attrition, onde a esmagadora maioria dos jogadores se acumula.

Titãs podem ser derrubados por pilotos discretos (Foto: Divulgação)Titãs podem ser derrubados por pilotos discretos (Foto: Divulgação)
 
Inovador e responsável

Dentro dos campos de batalha, Titanfall preserva os pilares de um bom shooter moderno. Isso inclui sistema de evolução, mapeamento de controles padrão e os mesmo modos de jogo, que não trazem nada inédito. Isso só na teoria.

Na prática, os jogadores batalham normalmente, enquanto um contador regressivo indica quanto falta para a chegada de seus robôs, que, como o nome do game sugere, caem do céu prontos para serem utilizados.

Apesar do limite de seis jogadores por equipe, os mapas são preenchidos por dezenas de inimigos controlados pelo game, que servem de presa fácil para os pilotos reais. Qualquer pontuação conseguida diminui alguns segundos do cronometro, premiando os jogadores com o melhor desempenho com a chegada antecipada de suas máquinas.

Mesmo gigantes e assustadores, os titãs se movem de uma forma bastante natural, mais ou menos como os humanos do jogo. Os saltos dão espaço a investidas, que podem ser tanto usadas para locomoção mais rápida, quanto para atropelar inimigos menores. Os modelos de máquinas também têm características próprias, como tamanho, peso e habilidades, que influenciam diretamente em seu controle e desempenho.

Titãs são fáceis e divertidos de controlar, mas não duram muito (Foto: Divulgação)Titãs são fáceis e divertidos de controlar, mas não duram muito (Foto: Divulgação)
 
Pequenos e ameaçadores

Com tanto poder de fogo, seria fácil afirmar que os titãs tornam a brincadeira um tanto mais sem graça, já que podem literalmente esmagar os jogadores que ainda não conseguiram seus robôs. Mas é aí que mora o principal charme de Titanfall – seu balanceamento.

Mesmo muito mais frágeis e menos poderosos do que os robôs gigantes, os pilotos em momento algum se tornam fardos para os jogadores que os controlam. Dotados de agilidade extrema e a possibilidade de escalar e andar pelas paredes, os humanos são perfeitamente capazes de derrubar titã atrás de titã, desde que usados da maneira certa.

Os pilotos possuem uma arma principal, usada no combate contra outros humanos, e um equipamento anti-titã, que serve exclusivamente para combater as feras de metal. Entre a bela variedade, estão lançadores de granadas, bazucas e raios, que podem dificultar (e muito) a vida de quem esperava conforto controlado um dos robôs.

A possibilidade de jogar de igual pra igual independente da classe, torna as partidas ainda mais excitantes e desafiadoras. Não é possível se acomodar com uma só classe, já que é basicamente obrigatório usar duas durante cada uma das partidas. Dessa forma, até mesmo iniciantes podem provar a força dos titãs uma ou duas vezes por rodada.

Pilotos são tão letais quanto os robôs (Foto: Divulgação)Pilotos são tão letais quanto os robôs (Foto: Divulgação)
 
Trocando as peças

Assim como na grande maioria dos FPS atuais, as partidas geram experiência, que resulta em novos desbloqueios, tanto para titãs quanto para os soldados. Logo, depois de algumas partidas, os jogadores contarão com variedades cada vez maiores de armas, habilidades e equipamentos. Dessa forma, é difícil se encontrar entediado com as opções oferecidas.

O jogo também possui um sistema de cartas, que podem ser usadas durante a partida e ativam habilidades ou itens especiais para os jogadores. É possível, por exemplo, conseguir um rifle de alta precisão ou fazer o personagem correr mais rapidamente por alguns instantes.

Os mapas, que a primeira vista parecem versões maiores e mais detalhadas dos vistos em games como Black Ops 2 e Ghosts, são na verdade verdadeiros labirintos. Grandes corredores dividem espaços com espaços minúsculos, dando vantagens para as duas classes presentes.

Mapas cheios de rotas alternativas são parte do game (Foto: Divulgação)Mapas cheios de rotas alternativas são parte do game (Foto: Divulgação)
 
Beleza e desempenho

Méritos também para o visual, que junto de Killzone: Shadow Fall, parece finalmente subir mais um degrau em relação a onde a nova geração de consoles pode chegar. Telas lotadas de inimigos, explosões, efeitos de luz e robôs gigantes rodam com tremenda fluidez, sem nenhum tipo de engasgo ou queda importante na taxa de quadros por segundo.

Os modelos, tanto de humanos quanto de robôs, não chegam a chocar pelo nível de detalhamento, mas certamente cumprem bem o papel de superar o padrão da geração anterior. Texturas ruins e serrilhados são raríssimos, tanto nos personagens quanto nos mapas.

O ponto negativo fica para a resolução da versão de Xbox One, que não alcança o FullHD, ficando limitada a 792P. A perda passa longe de influenciar o visual final do game, mas, no mínimo, deixa uma interrogação na cabeça dos donos do Xbox One em relação ao poder de fogo do console.

Titanfall é um dos lançamentos da semana (Foto: Divulgação) (Foto: Titanfall é um dos lançamentos da semana (Foto: Divulgação)) 
Titanfall  (Foto: Divulgação)

Os efeitos sonoros são um show à parte, especialmente se aproveitados com um bom fone de ouvidos. É possível ouvir de longe os estampidos causados pelas lutas entre robôs, que também podem ser detectados com facilidade. Armas e ambiente também tiveram sua sonoridade trabalhada com capricho.

Infelizmente Titanfall não conta com sequer uma modalidade em tela dividida, impossibilitando uma diversão mais casual com amigos. O jogo sequer pode ser executado sem uma conexão com a internet, evitando qualquer interação offline, como uma partida contra bots ou treinamentos.

Conclusão

Titanfall fez valer a pena toda a espera e expectativa criada em torno do jogo. Abençoado com mecânicas extremamente balanceadas e divertidas, jogabilidade precisa e fluida e desempenho de primeira, o game ainda conta com a mistura explosiva entre um shooter extremamente bem implementado e robôs gigantes. Imperdível.

Acredita que Titanfall ficará com o título de melhor FPS do ano?

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